Título: Educação para a televisão e aprendizagem do Português – Um estudo prospectivo. (excertos)
Autor: Botelho, Fernanda
Editora: Universidade Aberta
Ano de edição: Dezembro 2002
Autor: Botelho, Fernanda
Editora: Universidade Aberta
Ano de edição: Dezembro 2002
A presente recensão tem como tema principal, tal como o título indica a educação para a televisão, tendo sido analisados quatro excertos retirados da tese de doutoramento de Fernanda Botelho
Os excertos analisados foram o capítulo III, pp 122, 123, 124; capitulo III pp 129, 130; capitulo III pp 132 – 135 e por ultimo o capitulo V pp 191, 192, 193.
Segundo Fiske (2002), existem três pontos de vista diferentes para a leitura de um texto, sendo estes o dominante, o oposto e o negociante. Em que se lê o que é denominado de correcto, que se coloca interrogações sobre o que se lê e o que permite interpretações diferentes consoante quem o lê, respectivamente.
O mesmo autor considera também três significados para a televisão, sendo estes, os conhecimentos, ideologias e expectativas de cada leitor, os conhecimentos que a televisão transmite e ainda uma partilha de leituras, pois é sobre o que se vê na televisão que a maioria comenta e conversa.
Deve ser tido ainda em atenção os recursos textuais utilizados, uma vez que são estes que irão permitir diferentes interpretações, são então estes os recursos textuais enunciados, a ironia, metáfora, contradição e “graças”, num registo talvez cómico.
Todos estes recursos, são utilizados tendo em atenção as audiências, uma vez que são ou deveriam ser espectadores activos, com capacidade de explorar com diversas finalidades as informações e aprendizagens transmitidas.
Sendo do conhecimento de todos a Narrativa e a linguagem são dois dos principais processos, partilhados em todas as sociedades, uma vez que a narrativa partilha de bastantes propriedades da linguagem.
Contrariamente ao que se possa pensar, o uso da narrativa na televisão não se limita aos géneros ficcionais, entenda-se filme, séries e telenovelas, os noticiários, os documentários, bem como programas desportivos, contam-nos historias e assim informam-nos e entretêm-nos.
Existe porém, uma narrativa realista, a qual se apresenta sem qualquer contradição, o que irá requerer do leitor, a construção do seu significado independentemente das suas convenções culturais.
Uma vez que a televisão faz parte da vida familiar, também as crianças são abrangidas.
Como tal, a televisão, como já foi referido, não tem apenas a função de entreter, mas informar e educar. Em especial, as crianças referem as aprendizagens que realizam, tanto e relação a conhecimentos factuais como aquisições pessoais e sociais.
Essa aprendizagem depende de um conjunto de factores, relacionados com os conhecimentos e interesses dos espectadores, as razoes e os motivos que os leva a ver televisão, a atenção e concentração durante o visionamento, bem como a produção dos programas.
Sendo que todos os programas existentes, se destinam a ser compreendidos por quem os vê, a Educação para a Televisão, é hoje uma questão educativa bastante importante.
Existe cada vez mais uma maior consciencialização dos Professores e Educadores, sobre o papel da televisão no meio educativo.
Algumas das teses enunciadas por Bob Hodge e David Tripp, fazem referência às capacidades activas da generalidade das crianças na descodificação da televisão.
De notar que não são todos os programas visualizado que são benéficos, ou pelo menos do mesmo modo, uma vez que as crianças não são igualmente activas perante a visualização dos mesmos.
As crianças preferem programas diferentes dos adultos, assim como os interpretam de uma maneira diferente. Deve ser tido em conta que na televisão destinada às crianças estão inseridas formulas ideológicas dominantes, o que irá levar a significados contraditórios e a leituras opostas. Cabe então aos pais e aos educadores utilizar essas mesmas contradições, para esclarecer questões sócias, importantes para as crianças.
Por estas razoes é importante que as crianças experienciem programas com diversas representações do real.
Apesar da consciência dos riscos implícitos, a Educação para os media, deveria ser incluído no curriculum do Ensino Básico, mais propriamente o de língua Portuguesa, uma vez que esta é a disciplina mais considerada culturalmente.
Sendo que as crianças aprendem quando estão interessadas, motivadas e principalmente quando se envolvem no processo de aprendizagem de uma forma activa, A educação para os Media, pode cativar e criar o interesse de aprender, trabalhando a língua, ao serem criadas situações de verdadeira comunicação.
De um modo sucinto, pode-se afirmar que a integração da Educação para os Media no curriculum do Ensino Básico, só traria vantagens para uma melhor aprendizagem das crianças.
Os excertos analisados foram o capítulo III, pp 122, 123, 124; capitulo III pp 129, 130; capitulo III pp 132 – 135 e por ultimo o capitulo V pp 191, 192, 193.
Segundo Fiske (2002), existem três pontos de vista diferentes para a leitura de um texto, sendo estes o dominante, o oposto e o negociante. Em que se lê o que é denominado de correcto, que se coloca interrogações sobre o que se lê e o que permite interpretações diferentes consoante quem o lê, respectivamente.
O mesmo autor considera também três significados para a televisão, sendo estes, os conhecimentos, ideologias e expectativas de cada leitor, os conhecimentos que a televisão transmite e ainda uma partilha de leituras, pois é sobre o que se vê na televisão que a maioria comenta e conversa.
Deve ser tido ainda em atenção os recursos textuais utilizados, uma vez que são estes que irão permitir diferentes interpretações, são então estes os recursos textuais enunciados, a ironia, metáfora, contradição e “graças”, num registo talvez cómico.
Todos estes recursos, são utilizados tendo em atenção as audiências, uma vez que são ou deveriam ser espectadores activos, com capacidade de explorar com diversas finalidades as informações e aprendizagens transmitidas.
Sendo do conhecimento de todos a Narrativa e a linguagem são dois dos principais processos, partilhados em todas as sociedades, uma vez que a narrativa partilha de bastantes propriedades da linguagem.
Contrariamente ao que se possa pensar, o uso da narrativa na televisão não se limita aos géneros ficcionais, entenda-se filme, séries e telenovelas, os noticiários, os documentários, bem como programas desportivos, contam-nos historias e assim informam-nos e entretêm-nos.
Existe porém, uma narrativa realista, a qual se apresenta sem qualquer contradição, o que irá requerer do leitor, a construção do seu significado independentemente das suas convenções culturais.
Uma vez que a televisão faz parte da vida familiar, também as crianças são abrangidas.
Como tal, a televisão, como já foi referido, não tem apenas a função de entreter, mas informar e educar. Em especial, as crianças referem as aprendizagens que realizam, tanto e relação a conhecimentos factuais como aquisições pessoais e sociais.
Essa aprendizagem depende de um conjunto de factores, relacionados com os conhecimentos e interesses dos espectadores, as razoes e os motivos que os leva a ver televisão, a atenção e concentração durante o visionamento, bem como a produção dos programas.
Sendo que todos os programas existentes, se destinam a ser compreendidos por quem os vê, a Educação para a Televisão, é hoje uma questão educativa bastante importante.
Existe cada vez mais uma maior consciencialização dos Professores e Educadores, sobre o papel da televisão no meio educativo.
Algumas das teses enunciadas por Bob Hodge e David Tripp, fazem referência às capacidades activas da generalidade das crianças na descodificação da televisão.
De notar que não são todos os programas visualizado que são benéficos, ou pelo menos do mesmo modo, uma vez que as crianças não são igualmente activas perante a visualização dos mesmos.
As crianças preferem programas diferentes dos adultos, assim como os interpretam de uma maneira diferente. Deve ser tido em conta que na televisão destinada às crianças estão inseridas formulas ideológicas dominantes, o que irá levar a significados contraditórios e a leituras opostas. Cabe então aos pais e aos educadores utilizar essas mesmas contradições, para esclarecer questões sócias, importantes para as crianças.
Por estas razoes é importante que as crianças experienciem programas com diversas representações do real.
Apesar da consciência dos riscos implícitos, a Educação para os media, deveria ser incluído no curriculum do Ensino Básico, mais propriamente o de língua Portuguesa, uma vez que esta é a disciplina mais considerada culturalmente.
Sendo que as crianças aprendem quando estão interessadas, motivadas e principalmente quando se envolvem no processo de aprendizagem de uma forma activa, A educação para os Media, pode cativar e criar o interesse de aprender, trabalhando a língua, ao serem criadas situações de verdadeira comunicação.
De um modo sucinto, pode-se afirmar que a integração da Educação para os Media no curriculum do Ensino Básico, só traria vantagens para uma melhor aprendizagem das crianças.
Realizado por Inês Cruz
Sem comentários:
Enviar um comentário