Os textos que se seguem, remetem todos para o mesmo assunto, ou seja, a importância das novas tecnologias como utensílios para novas e melhores aprendizagens.
Contudo, toda esta inovação também veio trazer algumas consequências negativas, sendo estas por exemplo, o facto de com o acesso à internet, os adolescentes deixam de realizar pesquisas concretas e correctas e limitam-se a colocar na internet, propriamente dito no motor de busca, o tema que querem trabalhar e limitam-se a fazer o tão conhecido “copy – past”. Não produzindo qualquer conhecimento relativo ao que procuram nem conseguem apropriar o que estão a copiar.
Um dos textos, transmite-nos a noção da importância da literacia, onde este termo tem várias caracteristicas, sendo este associado a literacia interpessoal, científica, informática, visual, entre outras. Este mesmo termo, à milhares de anos atrás tinha como significado “estudos elementares”, o que incluía saber ler, escrever e contar.
Com o desenvolvimento das sociedades, verifica-se algumas dificuldades em relação à leitura e à escrita, tanto em situações formais ou mais informais.
Como é sabido existem entre cinco a seis mil línguas faladas em todo o mundo, mas nem todas têm representação escrita, e em relação ao analfabetismo mais de 800 milhões de pessoas, são abrangidas pelo mesmo.
De um modo talvez mais simplista o termo literacia, está relacionado com a capacidade de utilização de uma língua escrita.
Em relação ao termo “multiliteracias”, este vem complementar o termo literacia, visto que inclui também a diversidade linguista e cultural.
Pode-se concluir, afirmando que se todos os estudantes tiverem acesso a aprendizagens e a competências, estes poderão participar por completo na vida social, sendo que é esta a missão da educação.
Através do fenómeno da globalização, podemos ligá-lo ao acto de se desenvolver as literacias em todos os povos que nos rodeiam, uma vez que este fenómeno cientifico e tecnológico diz respeito à informação, que veio gerar necessidades de comunicação entre os povos de todo o mundo, valorizando-os e estimulando-os nas suas novas aprendizagens línguisticas.
Aprender línguas passa a ser um meio de chegar ao outro, sendo objecto de interação pessoal e intercultural. Como realça o autor, os avanços da tecnologia constituem mudanças na sociedade, gerando aspectos negativos e positivos. Contudo, nem todas as pessoas têm acesso à tecnologia, devido à falta de acesso ou mesmo pela ausência de formação para trabalhar com a mesma.
Numa outra perspectiva, estes mesmos desenvolvimentos científicos e tecnológicos, trazem com eles alterações na sociedade, alterações essas que tanto podem ser positivas como negativas, visto que são excluídas da utilização milhões de pessoas, sem condições tanto a nível de conhecimento especifico, conhecimentos como a leitura e a escrita e ainda as suas condições económicas de vida.
É exactamente para diluir as diferenças existentes entre povos e dentro de cada povo, que a educação toma um importante papel, na tarefa de conciliar, o crescimento económico e o desenvolvimento científico e social.
Através das palavras do autor do texto sobre Novos Media e Nova Aprendizagem, é nos explicado que os sistemas escolares dirigidos às crianças, quase que não existiam antes do Séc. XIX. Estes surgiram devido à massificação da Educação da Sociedade Industrial e para manterem as crianças protegidas da realidade do sistema económico, pois estas eram exploradas através da Indústria onde trabalhavam sobre mão de obra barata. Porém, com o passar do tempo, a necessidade económica fez com que as crianças estudassem para poderem alcançar o poder de se tornarem trabalhadores do saber, não necessitando destas em idade infantil para a realização de trabalhos, mas sim formando-as para que estas em adultos estejam aptas para o mundo do trabalho.
Hoje em dia nas escolas, os alunos aprendem menos nas aulas do que fora das mesmas, fazendo com que os pais optem por actividades extra-currículares onde estes desenvolvem as suas preferências profissionais, tais como as línguas, o desporto, etc.
Com a eclosão dos novos média, não são só as crianças que aprendem, os adultos também aprendem utilizando o recurso à internet, procurando mais canais de aprendizagem. Porém, as escolas tradicionais não estão preparadas para esta mudança.
Ao longo da leitura destes textos, deparámo-nos com uma dúvida, será que os novos média são instrumentos necessários para uma boa aprendizagem no futuro em termos de trabalho?
Para tentarmos responder a esta pergunta, podemos dizer que para os Professores ou docentes da Educação, a utilização das novas tecnologias não é um dos melhores recursos. A utilização destas não faz bons Professores nem a não utilização faz deles maus Professores. Segundo o autor, as tecnologias não são o factor de sucesso educativo. A nova geração de docentes da Educação, privilegia a utilização das novas tecnologias, contudo, o facto de a informação estar à distância de um click, faz com que os alunos não se apropiem de algumas competências, como o acto de interpretar e reflectir sobre a informação que têm de trabalhar. A utilização da internet, por exemplo, faz com que o indivíduo socialize, pois este pode participar em fóruns, elaborar e explorar Facebooks, entre outros programas. Em Portugal, cada vez mais é utilizada a internet como chave do desenvolvimento da Educação, referindo assim por exemplo, o programa E-Escolas.
Todavia é de salientar que tanto os Professores como os Encarregados de Educação têm de estar antentos aos seus alunos, uma vez que desde a invensão do telemóvel, surgiu uma nova maneira de escrita, sendo esta realizada com abreviaturas. Podemos ponderar e pensar que se os jovens abreviam o que querem escrever, é porque têm capacidades de descodificar com êxito o que está lá escrito. Não podemos permitir que seja uma escrita corrente, surgindo em qualquer contexto. Em contexto escolar é grave se os alunos não se controlarem e não souberem dividir o “lazer” do “trabalho de sala de aula”, uma vez que na escola estes são penalizados caso apresentem erros ortográficos. A escola tem assim um papel fundamental na formação de novos individuos com inúmeras competências.
Para finalizar, é importante salientar que o maior desafio dos novos média é o de construir comunidades ricas em contexto, onde a aprendizagem individual e colectiva se constrói e onde os aprendentes assumem a responsabilidade de construir os seus próprios saberes e os espaços de pertença onde a aprendizagem colectiva irá ter lugar.
Todo este conjunto de textos tem uma enorme qualidade de informação e de apropriação de conhecimentos baseados nas novas tecnologias, as suas vantagens e as suas consequências.
Para que o mundo se possa desenvolver, é fundamental que haja uma evolução tanto ao nível tecnológico como ao nível científico, uma vez que todos aprendem melhor recorrendo a novos materias.
Antigamente, o ensino baseava-se apenas no acto de as crianças se sentarem nas cadeiras da sala de aula e ouvirem apenas o que a Professora lhes dizia, não utilizando qualquer tipo de material didáctico, fazendo com que a aprendizagem fosse rígida e programada pela parte dos docentes de Educação.
Podemos afirmar que hoje em dia existe um maior sucesso escolar devido à utilização de novos recursos, novos materiais e novas ideias, tanto por parte dos Professores como também por parte dos alunos.
Informação Bibliográfica:
- BOTELHO, Fernanda. Educação – Globalização e Cidadania: reflexões soltas.
- BOTELHO, Fernanda. Educação – Textos e literacias...
- PAZ, João (2008). Educação – Educação e Novas Tecnologias.
- Instituto Politécnico de Setúbal (2006). Departamento de Línguas , Escola Superior de Educação – Em dia com as línguas.
- FIGUEIREDO, António Dias (2000,Lisboa). Novo Conhecimento/Nova Aprendizagem – Novos Media e Nova Aprendizagem.